Olá galera! Tudo bem?
Estou passando aqui para avisar que não vou postar por hora nesse blog, estou contando uma história em outro, no www.bloodycircle.blogspot.com. Fiquem à vontade para dar uma passadinha lá! Beijo.
Você sobreviverá ao terror?
Olá galera! Tudo bem?
Estou passando aqui para avisar que não vou postar por hora nesse blog, estou contando uma história em outro, no www.bloodycircle.blogspot.com. Fiquem à vontade para dar uma passadinha lá! Beijo.
Kevin Correu pelo corredor quase tropeçando sobre o tapete vermelho, ele virou o corredor e subiu as escadas que levavam ao piso superior. Corri atrás dele, quando cheguei ao topo da escada a porta que Kevin havia passado havia se fechado com baque silencioso. Abri a porta, mas não encontrei nenhum sinal de Kevin. Ele sumira.
- Kevin? – Chamei inutilmente seu nome – Kevin, onde você está?
Atravessei a porta e caminhei pelo corredor indo em direção de uma outra escada. A iluminação era fraca, uns poucos candelabros estavam dispostos a cada metro e meio e iluminavam o ambiente com sua luz fantasmagórica, peguei a handgun que Kevin havia deixado comigo e a apontei para frente de meu corpo em estado de alerta. Dei dois passos em direção à escada quando ouvi um barulho estranho, como se alguma coisa tivesse sido arremessada ao chão, me encolhi de pavor, mas continuei subindo as escadas, chegando ao topo da escada ouvi novamente um barulho similar, ele vinha da sala mais próxima, engoli seco e caminhei até a sala, parei um segundo com a mão na maçaneta dourada da porta e em um movimento violento escancarei a porta e apontem a arma para o ser que se mexia no interior da sala.
- Heey, calmae! – Gritou - Abaixa essa arma, estou de boa aqui – Disse a garota levantando os braços e depois pegando o lampião e levando-o à sua cabeça para que eu pudesse ver sua face – Não estou infectada, sou policial e estou esperando meu parceiro Kevin.
Respirei fundo.
- Você deve ser a Mei, certo? Meu nome é Selly, estou com o Kevin, ele está pela igreja te procurando – dei uma pausa – Ele acha que você está em apuros – acrescentei.
Ela deu um meio sorriso – Certo gata! O Kevin anda exasperado como sempre. Vamos encontrar ele, descobri algumas coisas interessantes.
Mei saiu andando na frente, era impossível não olhar para ela, Ela era linda, tinha cabelos curtos bem escuros com pontas repicadas que davam um ar de “moderno” nela e combinavam com seus olhos castanhos com os cantos repuxados. Ela era alta e tinha a pele bem clara, usava uma calça jeans preta bem justa e uma regata preta que revelava uma tatuagem em formato de estrela no seu ombro esquerdo, o contraste em seu estilo era o All Star vermelho de cano médio que ela vestia por cima das calças. Mei andava rápido e com potência, como uma modelo desfilando em uma passarela. Descemos as escadas ate chegar ao hall da igreja.
- Mas que droga! – exclamou Mei furiosa – Vocês mecheram em meu notebook?
O notebook de Mei estava apagado sobre o mesmo banco de madeira escura. O que teria desligado o computador? Será que a bateria havia acabado? Olhei ao redor procurando por algo e notei que havia uma vidraça da igreja aberta, o espaço era suficiente para que um humano entrasse na capela.
- Mei, acho que alguém entrou aqui. Não estamos sozinhas – Disse apontando para a vidraça escancarada – Pegue seu computador, acho melhor acharmos logo o Kevin e darmos o fora daqui!
Mei fez uma expressão de pânico, agarrou seu notebook e tacou-o em sua mochila preta junto com o bloco de anotações e colou a mochila nas costas. Ela partiu subindo as escadas chamando pelo nome de Kevin, sem resposta. Estava começando a ficar preocupada.
- Selly, vamos nos separar. Eu cubro o andar de cima, e você cobre esse andar – Mei estava séria, sua voz era ríspida – Tome cuidado e qualquer coisa grite. Falou – Mei se despediu com uma piscadela de um olho só e um meio sorriso, ela era cool demais para usar um sorriso inteiro.
Peguei minha handgun e segure-a firme, atravessei uma porta de ferro pesada e entrei em outro corredor. O piso era de madeira e rangia a cada passo meu. O som estava me distraindo. No final do corredor havia outras duas portas, qual delas Kevin estaria? Continuei andando e adentrei pela porta da direita, era um aposento que provavelmente pertencera ao padre residente da capela. O cômodo era espaçoso, havia uma cama kingsize no meio do quarto e diversos guarda-roupas pelas paredes, uma grande estante continha varios livros, todos arrumados perfeitamente por ordem de tamanho, cor e assunto. Havia alguns papéis jogados sobre a cama, peguei-os com a mão esquerda e mantinha a mão direita com a arma apontada para a porta. Entre os papeis havia alguns jornais e um documento impresso. O jornal era recente, continha notícias sobre o incidente em Raccoon City, mortos-vivos e suspeita de atentado terrorista. Passei para o próximo documento e um trecho me chamou a atenção:
“New York City – 19 de Setembro
Senhor Vinicius temos outra missão pra você, compareça à colméia no terceiro andar do subsolo encontra-se a sala de controle geral, desligue toda a comunicação externa de Raccoon com o mundo. A Cidade será higienizada em 24 horas. Enviaremos um helicóptero para buscar você às 03:45 am no alto do hospital da cidade.
Verônica.”
Então era isso, o padre Vinicius estava envolvido no incidente de Raccoon e pior, a cidade deixaria de existir em – olhei no relógio – apenas 4 horas, precisava encontrar Kevin e Mei e informar tudo. Precisavamos escapar desse pesadelo o quanto antes! Dobrei o papel e guardei no bolso do jeans e corri rumo ao corredor, quando de repente notei que a maçaneta da porta estava se mechendo, ela girava lentamente em sentido horário. Peguei minha arma e esperei pronta para atirar quando notei que era Kevin.
- Onde o senhorito estava? – Resmunguei brava – Descobri algumas coisas, precisamos dar o fora.
- Certo
Kevin foi pego de tão surpresa pela minha avalanche de perguntas que nem teve tempo de responder. Em um segundo estavamos descendo as escadas rumo ao hall e em mais um segundo estavamos parados no hall, Kevin com o telefone na mão.
- Mei? Alô! Mei você está me ouvindo? – Kevin resmungava sem resposta – Droga!
- A comunicação de Raccoon foi cortada – Explicava – Encontrei um e-mail que foi envia…
Parei de falar e de respirar, Kevin notou e olhou para o alto das escadas. Uma criatura do tamanho de um cavalo estava se esgueirando pelos degráus e olhando atentamente para nós. Eu não conseguia me mover nem um centímeto se quer, minhas mãos tremiam e parecia que não havia forças para se quer apertar o gatilho. A criatura tinha a pele com texturas de couro avermelhado, patas grandes como de leões e três garras do tamanho de facas de churrasco em cada uma das patas. Sua cabeça estava com o cerebro à mostra e em sua boca existiam duas fileras de dentes medonhos e afiados por onde sua língua passava mais de meio metro fora da boca.
- Ke-vin é o mesmo que vimos na rua…
Kevin não respondeu, ele não tinha reação. Estavamos imobilizados de medo enquando o mostro esgueirava passo por passo em nossa direção. Eu não podia ficar parada, tinha que agir! Peguei a pistola e apontei firmemente para ele e descarreguei o pente de balas. Errei os dois primeiros tiros acertando o piso da escada, mas os outros tiros foram em cheio. Um na cabeça, dois no peito e um em uma das patas. A criatura nem se quer demonstrou ter sentido as balas, olhei para o lado e Kevin tinha voltado a sí e sacado sua handgun, mas era tarde demais. A criatura saltou sobre nós, a sombra que ela causava contra a luz tampou minha visão e a única coisa que consegui ver foi um borrão vermelho na altura de minha cabeça.
[Continua]